Eu sou missioneiro, digo isto sempre com orgulho, sou natural da velha São Luiz Gonzaga, criado no Passo da Tigra, município de Garruchos, então tenho no sangue e na criação, por natureza, o DNA da pesca, do contrabando, da fé cega, e da aversão a divisão política, não consigo crer que haja diferenças entre um brasileiro de Garruchos e um argentino de Garruchinho, que é como chamamos o Homônimo vilarejo do outro lado do Rio Uruguai, lá no meu noroeste sagrado, ou que haja como saber distingüir um Santanense de um Riverense. É por isso que eu bendigo com todo o coração o carater agregador e universalista desse grande festival que teremos em dezembro, o Musicanto Sulamericano de Nativismo.
Por ser da região missioneira e ter sido criado, relativamente, próximo a Santa Rosa, cresci junto com o Musicanto, quando pequeno, eu, de origem campeira , não compreendia por que colocavam em um mesmo festival, mineiros, tocantinenses, nordestinos e paulistas entre outros nacionais, juntos com gaúchos. Já os argentinos eu não estranhava tanto, devido ao costume com a fronteira, mas ainda ssim achava que era uma invensão meio sem critérios definidos. Hoje após tantos anos de estrada festivaleira, sei da grandeza da idéia que ali frutificou, sei que é maravilhoso poder ver a nossa música soando junto com as demais, ver a variação de sotaques que a nossa América do sul e o nosso Brasil possuem, ver a qualidade que todos temos e ao final reconhecer a personalidade única de cada povo e o quanto somos farinha do mesmo saco.
Definitivamente o Musicanto é um evento cultural, não muda suas caracteristicas, não cede aos modismos, que fizeram, quase todos os eventos clonarem uns aos outros, por apelo popular etc...
Ano passado estive lá, tive a honra de sagrar-me vencedor da melhor poesia, com uma das minhas raras composições em espanhol( De la Tierra Mia), neste ano não sei se vou ser selecionado, mas seria uma alegria se novamente eu pudesse estar lá, com meus irmãos, de latinidade. Vida longa ao universalismo, que brinda quem tem raiz verdadeira.
Obs. hoje já são cinco dias do mes de novembro, eu já sei que classifiquei uma música na vigésima quarta edição do musicanto, só pra ilustrar, o ano passado estive lá com um chamamé em espanhol, este ano estou com um samba bem brasileiro, fiz os dois com o coração e o musicanto nos dá oportunidade de atribuir vários sotaques aos nossos sentimentos. Todos que me acompanham, sabem que é bem mais fácil pra mim compor um chamamé do que fazer um samba, apesar de ser do Brasil, mas o fato é que essa brasilidade falou por mim em dois mil e dez e através da voz de Alana Moraes, e do violão de sete de Gabriel Selvage, com as percussões do Zé e do mestre Sandro Cartier eu estarei no palco iluminado do festival mais agregador da América do Sul. Valeu!
Angelo Franco.
Angelo ! Bom dia ! Sou de Encruzilhada do Sul e a dois anos atras, junto com o Airam Cardoso , o qual te pediu autorização para que usassemos a tua musica É AQUI JUNTO AO CHAPÉU , para que salientassemos algumas qualidade de um homem amigo nosso aqui da terra. Bueno, volto novamente a te incomodar !! Temos promovido desde 2007 o encontro da familia Simões Pires, o qual vem ocorrendo em cidades alternadas sendo que o ultimo ocorreu no domingo 14/11 em bagé. La ficou definido que o proximo sera em novembro de 2011 em Livramento , a Fronteira da Paz... bueno. eu sugeri no blog que elegessemos uma MUSICA TEMA para o encontro e pelos indicativos da tua musica , ressaltando a importancia das origens, do que se planta e o que se deixa de plantar achei que serviria muito bem para o nosso encontro, só que para tanto gostaria que tu , se tu achar conveniente, nos autorizasse para que usassemos a tua obra para esse fim. No aguardo, te deixando bem a vontade para decidir e entendendo se tu achar inconveniente ,me despeço com um grande abraço desde a Serra da Encantadas. obrigado parceiro !!
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