domingo, 18 de julho de 2010

Além de nós

O vento caminhador, cantava porque era vento,
mas faltava o sentimento que vem do mundo interior...
e ouvindo coplas de amores, desde a mais chucra, à mais doce,
porque era vento adonou-se do canto do payador...

Jayme C. Braum ( O vento e o payador. frag)

Os olhos daquela moça, retintos e aprevenidos
Vão na manhã do seu rosto, feito dois negros fugidos.

Aureliano Figueredo Pinto ( Da moça bonita)

E se me chamam de grosso, nem me bate a passarinha,
a argila do mundo novo não tem mescla da minha,
sovada a casco de touro, com águas de carquejinha...

Aparício S. Rillo ( Timbre de galo. frag)

El hombre,hasta el más soberbio,
con más espinas que un tala,
aflueja andando en la mala
y es blando como manteca;
hasta la hacienda baguala
cai al jagüel con la seca.

José Herandez ( Martin Fierro)

Yo soy de los del montón, no soy flor de invernadero,
igual quel trévol campero, crezco sin hacer barullo,
me apreto contra los yuyo y así lo aguanto al pampero...

Atahualpa Yupanqui ( Coplas del Payador Perseguido)

Um comentário:

  1. Ângelo, comecei a admirar teu trabalho com "A vila dos borrachos". De lá para cá comecei a identificar-me com tuas letras, principalmente com a alma que colocas na interpretação. Tens razão quando dizes que a poesia vem antes das palmas, mas tenha certeza que sempre que cantares "de onde vem" serás admirado e aplaudido e principalmente como dizia Tolstoy (foi ele mesmo?), "Canta tua Terra e serás Universal". Força camarada, como diz a faixa no Gigante "Nós somos a resistência"!

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